A Fundação Hospitalar Dr. Moisés Magalhães Freire, em Pirapora, está
realizando a campanha Leite por mais Vida, que tem o objetivo de incentivar a
doação de leite materno.
O hospital conta com o posto de coleta Frei Teodoro, que funciona desde quando a unidade de saúde passou a contar com a UTI neonatal, em fevereiro de 2015. A responsável técnica pelo posto, explica que o leite arrecadado no local é utilizado para alimentar os bebês internados na UTI. Mas, com o baixo estoque de doações, a saída é oferecer aos pequenos pacientes as fórmulas lácteas infantis, que não são tão completas como o leite materno e têm alto custo para a fundação.
“Todos os leitos da UTI estão ocupados, temos uma demanda muito grande
por essas vagas. Cada bebezinho precisa de 100 a 150 ml de leite por dia. Hoje,
nós temos cinco doadoras, sendo duas de Várzea da Palma. Com a campanha
conseguimos mais duas, mas ainda precisamos de mais voluntárias”, fala
Terezinha Azevedo, que também é nutricionista.
Terezinha Azevedo diz que fundação dá todas as orientações para as
mulheres. Além disso, elas não precisam se deslocar para doar, os potes são
levados nas casas delas e o motorista também busca o leite nas
residências. Quem quiser ajudar ou tirar dúvidas
pode ligar para (38) 3740-1079.
Após a coleta, os frascos com o leite são enviados para o Hospital Aroldo
Tourinho, em Montes Claros, onde é feita a pasteurização. Posteriormente, a
fundação recebe exatamente a quantidade que foi enviada, já em condições de
uso.
“Nenhum alimento pode ser comparado
ao leite materno. O bebê ganha peso mais rápido e tem uma grande melhora na
imunidade, fora que estamos falando de crianças prematuras, que precisam ainda
mais de cuidados”, destaca.
Para a responsável técnica do posto de coleta, a maioria das mulheres
não doa por falta de informação.
“Algumas mulheres pensam que se doarem, vai faltar o leito para o filho,
mas quanto mais se retira leite, mais se produz”, esclarece.
Para doadoras que tiveram bebês há menos de seis meses, é preciso a
cópia de documentos e do cartão de gestante, com exames e vacinas. Para as
mulheres que tiveram filhos depois desse tempo, é necessário fazer exames para
verificar a existência de alguma doença viral, os custos são arcados pela
fundação.
“Temos bebês muito pequeninhos, com
500 gramas. É muito gratificante ter o leite para alimentá-los e ver como se
desenvolvem até alcançarem os dois quilos, necessários para a alta.”