Três fazendeiros de Várzea da Palma, cidade do Norte de Minas Gerais, foram condenados a pagar R$ 10 mil de indenização por danos morais a empregado que era mantido em condição degradante de trabalho, análoga à de escravo. A decisão foi divulgada nesta quinta-feira (29) pelo Tribunal Regional do Trabalho. 
O homem trabalhou em uma carvoaria por seis meses e denunciou ao órgão que os fazendeiros não ofereciam condições adequadas de trabalho. Ele prestou serviços sem ter assinada a Carteira de Trabalho, sem uma alimentação e salários adequados e era submetido a utilizar banheiros com más condições, segundo informações dele. Outros trabalhadores da carvoaria eram submetidos a condições semelhantes. 
Por causa disso, a carvoaria foi alvo de fiscalização e de ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público do Trabalho contra os proprietários. Um carvoeiro ouvido pelo MPT afirmou que estava vivendo uma “vida de cachorro”; “que estava sem receber alimentação digna na fazenda e o acerto”.
Outra testemunha confirmou que, desde o início dos trabalhos, não recebia salários, equipamentos de proteção e água potável. E que, nos últimos dias, estava usando água de chuva para beber, tomar banho e até cozinhar.
Diante da falta de água, um empregado contou que eles já ficaram sem fazer refeição, que era preparada no alojamento em condições precárias de higiene. O sanitário também era outro problema na carvoaria.
Os empregados alegaram que, como não existia banheiro em funcionamento, eram obrigados a fazer suas necessidades fisiológicas no campo. Um depoente alegou ao MPT que só não foi embora do serviço pelo receio de nunca receber as verbas trabalhistas atrasadas.

FONTE O TEMPO.

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