Cento e quarenta casais tiveram os relacionamentos oficializados em um casamento comunitário realizado pela Justiça em Pirapora (MG). A coordenadora do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc) do município, juíza Ana Carolina Rauen, explica que o mutirão tinha a expectativa de atender de 30 a 60. Os procedimentos são feitos gratuitamente.


Os primeiros a se inscreverem foram José Alves de Oliveira e Maria da Silva. Eles estão juntos há 21 anos e, embora tivessem o desejo de oficializar a união, ainda não tinham tido a oportunidade.


“Sempre achei importante casar, era um sonho”, fala a diarista, que conheceu o auxiliar de serviços gerais na cidade. “Ele é cearense, trabalhavam vendendo panelas e colchas, via sempre ele na rua e começamos a namorar”, conta. José e Maria não têm filhos biológicos, mas ele considera os cinco que ela tem, como se fossem dele. “Pai é quem ajuda a criar”, destaca.


Familiares e amigos dos casais — Foto: TJMG / DivulgaçãoFamiliares e amigos dos casais — Foto: TJMG / Divulgação

Familiares e amigos dos casais — Foto: TJMG / Divulgação


A cerimônia comunitária, de conversão da união estável em casamento no civil, ocorreu no Centro de Convenções de Pirapora. Antes do grande momento, foram realizadas audiências, nos dias 9 e 10 de outubro, para estabelecer o início da união.


“Muitos casais me disseram que para eles foi a realização de um sonho. Alguns já viviam juntos havia muitos anos – um dos casais, por exemplo, desde 1986. Mas, para algumas famílias, o ato era dispendioso e o tempo foi passando”, falou a juíza Ana Carolina Rauen, que compreende esse tipo de ação como uma forma de aproximar a Justiça da comunidade, acolhendo os cidadãos.


fonte: G1 Grande Minas.